segunda-feira, 9 de junho de 2014

Nota da CSP-Conlutas/AL em solidariedade aos trabalhadores em greve do IFAL agredidos durante ato no Campus Satuba

SOLIDARIEDADE AOS SERVIDORES EM GREVE DO IFAL

Wilson Ceciliano, Docente do IFAL e diretor do SINTIETFAL.
Fonte: Sintietfal 
Na manhã de hoje (09/06), durante atividade de GREVE dos servidores do IFAL, campus de Satuba, professores e técnicos foram surpreendidos por um grupo de pais de alunos com agressões verbais e físicas, incluindo, até, ameaças à vida. O conflito se deu em decorrência da volta de alguns professores que em assembleia golpista, sem a devida divulgação ao conjunto da categoria, decidiram de forma arbitrária e isolada o fim da GREVE, à revelia das assembleias legitimamente divulgadas e com a presença do conjunto dos servidores. Os professores agredidos se encontravam no campus, cumprindo a função de esclarecer os estudantes e a comunidade acadêmica acerca da necessidade de democracia no campus e sobre o direito de GREVE, garantido constitucionalmente.

Os servidores dos Institutos Federais de todo o país estão em GREVE e suas reivindicações não se limitam a ganhos salariais, muito pelo contrário. Em reunião com o Reitor do IFAL, no dia 02/06, o comando de greve local discutiu incansavelmente 28 pontos de pauta retirados em assembleia estadual, contemplando: “a falta de estrutura dos campi da capital e das cidades do interior (vários funcionando em escolas municipais). Em ambos não existem restaurantes públicos e, mesmo aqueles que possuem, são privatizados – onde estes estabelecem limites no fornecimento de refeições/dia. Isso implica em sérias dificuldades de funcionamento dos cursos integrais (não só pela falta de restaurantes, mas também de banheiros, bebedouros e laboratórios). O número insuficiente de bolsas e a burocratização dos processos que dificultam ou mesmo impedem o acesso a esse direito dos discentes é um dos principais problemas referentes à precariedade da assistência estudantil. É preciso atentar também para o fato de que as poucas bolsas de pesquisa/assistência acabam por custear serviços privados dentro dos campi. Um exemplo é o preço cobrado pelos restaurantes, que é maior que o de vários outros ao redor dos campi. Ao final, é dinheiro público que não cumpre adequadamente o seu papel de financiar uma formação de qualidade. A Lei de Diretrizes de Base da Educação garante a merenda escolar aos alunos da educação básica, mas isso não tem sido cumprido em muitas unidades de ensino da Educação Federal.” (Boletim SINASEFE, nº 11, 05/06/2014).

Esperamos que esta atitude covarde e completamente desinformada seja isolada. Acreditamos que é também dever da comunidade de pais de alunos o apoio à GREVE, que defende um IFAL PÚBLICO, GRATUITO E DE QUALIDADE para os filhos da classe trabalhadora!


MACEIÓ, 09 DE JUNHO DE 2014