sexta-feira, 28 de junho de 2013

"Um, Dois, Três, Quatro, Cinco, Mil, Viva a aliança Operária-Estudantil!"

O dia 27 de junho marcou o Dia Nacional de Lutas em todo o Brasil. Em Alagoas, os trabalhadores e a juventude se uniram para mostrar a força desta aliança. Foram mais de 2 mil pessoas nas ruas de Maceió, para lutar pelo Passe Livre Já e por mais investimentos na saúde e na educação. A manifestação denunciou o TJ, e os Governos Municipal, Estadual e Federal, pois todos eles, são responsáveis tanto pela situação do transporte como pela injustiça social de Alagoas e do Brasil.

Na próxima semana, no dia 02/07, está marcada uma grande plenária no auditório dos Sindicatos dos Bancários para decidir os próximos passos e organizar a paralisação nacional que as Centrais estão convocando para o dia 11/07.


Vejam algumas fotos:








quarta-feira, 26 de junho de 2013

Quinta-feira (27) é Dia Nacional de Luta pelas reivindicações dos trabalhadores! Todos às ruas!


Na próxima quinta-feira, dia 27/06, teremos um dia nacional de lutas onde iremos realizar um grande ato de unidade de trabalhadores e estudantes. Em Alagoas, a Frente pelo Passe Livre em Maceió, realizou uma grande plenária, com cerca de 200 pessoas, representando diversos segmentos da sociedade, onde foi definido um grande ato com concentração as 15h na Praça Centenário. A plenária também definiu a seguinte pauta  de reivindicação central (mas outras pautas e reivindicações poderão ser levantas livremente pelos manifestantes):


1- ESTATIZAÇÃO DOS TRANSPORTES PÚBLICOS; 
2- REDUÇÃO IMEDIATA DA TARIFA PARA R$ 2,10 - RUMO AO PASSE LIVRE 
3- PASSE-LIVRE PARA ESTUDANTES E DESEMPREGADOS;
4- REFORMA URBANA JÁ: PELA ENTREGA IMEDIATA DO TERRENO NA SANTA LUCIA AOS MORADORES; 
5- DENUNCIA DA VIOLÊNCIA NO ESTADO, PRINCIPALMENTE A QUE ATINGE A JUVENTUDE NEGRA DA PERIFERIA. 



Veja abaixo a Convocação Nacional da CSP-Conlutas e do Espaço de Unidade de Ação:


Organizar em todo país, greves, paralisações e manifestações de rua  
Fonte: http://cspconlutas.org.br/

Vivemos um momento muito importante em nosso país. A juventude brasileira deu o exemplo e foi às ruas protestar contra o preço e a qualidade do transporte coletivo nas grandes cidades. Desencadeou com isso um amplo processo de mobilização popular que sacudiu o Brasil nos últimos dias, em protesto contra todas as mazelas que tem afligido a vida dos trabalhadores, trabalhadoras e da juventude.   


Todo este processo de mobilização já conquistou vitórias importantes, como a redução do preço das tarifas em várias cidades, incluindo as maiores do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, a luta deve continuar, precisamos transformar esta vitória na primeira de uma série de muitas outras. Só dessa forma poderemos transformar para melhor o nosso país e a vida dos trabalhadores brasileiros.   

Para isso é muito importante, além da participação nas mobilizações que estão acontecendo, que a classe trabalhadora entre de forma organizada nesta luta, trazendo suas reivindicações e cobrando dos governos o seu atendimento. Precisamos cobrar do governo Dilma que ao invés de ficar fazendo propaganda na TV, atenda as demandas dos trabalhadores. E a mesma cobrança devemos fazer aos governos estaduais e municipais, sejam eles do PT, do PSDB ou do PMDB.   

São estes governos, do federal aos municipais, os responsáveis pela situação em que se encontra o país e vida do nosso povo. Eles tem muita agilidade e disposição política quando é para atender aos interesses das empreiteiras, dos bancos, das indústrias e do Agronegócio. Mas quando se trata de atender às nossas demandas parecem uma lesma paralítica!  

Por esta razão a CSP-Conlutas, e as entidades que compõem o Espaço de Unidade de Ação, decidiram convocar seus sindicatos, movimentos populares e organizações estudantis, a organizarem uma dia de lutas em todos o país, no dia 27 de junho. A orientação é fazer greves, paralisações e manifestações de rua, aquilo que for mais adequado à situação concreta de cada categoria, cidade ou região. O que é fundamental é que, por todo o país hajam manifestações dos trabalhadores cobrando o atendimento de suas reivindicações.   

Acreditamos que esta iniciativa da CSP-Conlutas e do Espaço de Unidade de Ação deve ser só uma primeira iniciativa, assim como fez também o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, que paralisou fábricas dias atrás para exigir melhoria e redução do preço do transporte coletivo. A necessidade do momento é generalizar iniciativas para por nossa classe em luta, organizar uma greve geral que possa obrigar o governo Dilma, os governos dos estados e dos municípios a atender as demandas dos trabalhadores e da juventude.   

Para isso é preciso que as centrais sindicais majoritárias no país se disponham a lutar contra o governo, pois são eles os responsáveis por toda esta situação e é destes governos que precisamos cobrar as mudanças e o atendimento das nossas reivindicações.Só dessa forma seria possível unir nossas forças para colocarmos a classe trabalhadora na direção de todos este processo de lutas e fazer dele uma força que mude para melhor o Brasil. É com essa compreensão que a CSP-Conlutas e as entidades que compõem o Espaço de Unidade de Ação, ao mesmo tempo que convocam o Dia Nacional de Lutas para 27 de junho, mantem a discussão com as demais centrais sindicais, propondo a convocação conjunta de uma jornada de lutas muito mais ampla, em base a uma pauta que possa ser comum.   

Nossas reivindicações:  
- menos recursos para a Copa e para as grandes obras / mais recursos para a saúde educação / plano de obras para construir moradias populares, hospitais e escolas /  
- redução do preço da tarifa de transporte e melhoria da qualidade / implantação da tarifa social ou tarifa zero / estatização dos transportes coletivos;   
- congelamento dos preços dos alimentos e das tarifas públicas;  
- aumento dos salários para compensar a inflação;   
- reforma agrária;   
- menos dinheiro para os bancos e mais recursos para políticas sociais como os 10% do PIB para a educação pública, já e pagamento do piso nacional dos educadores / para isso suspender o superávit primário e o pagamento da dívida externa e interna para bancos e especuladores;  
- redução da jornada de trabalho;   
- fim do fator previdenciário / recomposição do valor das aposentadorias / anulação da reforma da previdência de 2003;   - defesa do patrimônio público / contra as privatizações e os leilões do petróleo / contra o PL 092 que privatiza o serviço público / revogação da EBSERH que privatiza os hospitais;   
- contra a precarização do trabalho e o PL 4330, das terceirizações;  
- contra a corrupção / contra a PEC 37;   
- contra a repressão, a violência policial e a criminalização das lutas e organizações dos trabalhadores.  

 Trata-se aqui de uma plataforma base, que pode ser acrescida de demandas que estejam faltando, ou mesmo ser utilizada de forma parcial, de modo a focar nas questões concretas de cada categoria ou setor social.   Organização das lutas   Por outro lado, é preciso organizar a luta em cada estado e região. É muito importante que as entidades busquem construir, a exemplo do que vem sendo feito do Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, uma coordenação(coordenação, comitê, assembleia, a forma não importa, importa o conteúdo) para as lutas que estão em curso, envolvendo todas as entidades e organizações que queiram lutar. A disposição de luta é fundamental, mas sem organização não iremos longe.  

São Paulo, 21 de junho de 2013 
CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular 
Espaço de Unidade de Ação

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Ato Nacional de 20 de junho - Hoje vai ser muito maior!

Nas ruas contra o aumento das passagens, a violência e por mais investimentos em saúde e educação.

Foto de Jonathan Lins - G1/AL

Junho de 2013 definitivamente entrará para história de nosso país. Em menos de um mês a sociedade brasileira fez coisas que há décadas não se via – São Paulo, Rio de Janeiro, Minas, Alagoas, e tantas outros estados, pararam por horas diante da força de milhares de pessoas mobilizadas para lutar contra os aumentos das passagens e contra a repressão policial.

Um movimento que começou pequeno, localizado e com pautas específicas, hoje se estendeu por um país de dimensões continentais, levantando sua voz contra a precarização dos serviços públicos, a violência policial e o descaso dos governantes.

Os atos não param de crescer, ocuparam o cotidiano de todos, obrigaram a grande mídia e os Governos a reconhecerem sua legitimidade e voltarem a trás em seus ataques ideológicos. Mostramos que somos maiores que os interesses dos empresários da copa. Afirmamos que dela abrimos mão, pois os brasileiros exigem passe livre, saúde e educação e não pretendem sair das ruas de mãos vaziais. No Rio e em São Paulo, já conseguimos uma grande vitória, o aumento foi revogado. E essa vitória abrirá caminho para mais conquistas. 

Total solidariedade a família do jovem atacado por ter coragem de lutar

Nós da CSP – CONLUTAS – Central Sindical e Popular repudiamos a atitude violenta do homem que disparou contra um jovem manifestante no ato da última segunda-feira (17.06) em Maceió. Exigimos uma resposta à altura da agressão – um ato racista que mais uma vez ataca a juventude negra e da periferia. No mês onde foi se chegou a aterrorizante marca de mais de 100 mortes em menos de seis meses, este crime só vem demonstrar a situação de violência que os governos dos usineiros – hoje, através de Teotônio Vilela – deixaram nosso estado. 

Na terra de Zumbi dos Palmares, os trabalhadores estão em luta

Vivemos em um dos estados mais carentes da nação, possuidor dos piores índices sociais, estamos no topo da lista dos locais mais violentos, sofremos com o racismo, o machismo e a homofobia. A juventude alagoana, que tanto sofre com essa realidade,  está dando mostra de coragem e vai às ruas em defesa de seu direito de estudar, de sair de casa em segurança e se organizar.

No dia 17/06, foram mais de cinco mil pessoas tomando a principal avenida de Maceió. Um movimento com cara de juventude, puxado por nossos filhos, sobrinhos, nossos estudantes e jovens trabalhadores que agora se negam a se calar. 

Aliança entre Trabalhadores e Juventude

Apesar de ter como vanguarda a juventudes, os atos contra o aumento da passagem e a Frente em Defesa do Passe Livre em Maceió não são resumidos a este setor. 

A pauta do passe livre, do transporte público de boa qualidade, é um direito de todos, uma pauta que diz respeito aos trabalhadores que utilizam transporte publico diariamente, que todo mês tem parte significativa de seu salário comprometida com passagens e sequer tem acesso a condições dignas de transporte em condições péssimas. Diz respeito aos rodoviários, categoria que sofre com os interesses dos empresários do ramo que aumento seus lucros a base da superexploração destes trabalhadores.

Portanto, é dever de cada trabalhador, cada sindicato e central, do movimento sindical, dos movimentos da terra e demais estarem presentes e fortalecer o movimento. Por isto, nós da CSP-CONLUTAS estamos construindo a Frente em Defesa do Passe Livre em Maceió e estaremos presente em todos os atos, levando nossos trabalhadores para lutar ao lado da juventude. 

Convocamos as demais centrais, como a CUT e a CTB, a mobilizarem seus sindicatos e bases para se fazerem presentes massivamente e construir em unidade essa mobilização. Cabe ao movimento sindical estar presente, levar sua bandeira classista e denunciar os empresários. 

Passe livre Já!
Tarifa zero nos fins de semana
Por um transporte estatal, público, gratuito e de qualidade. 
Chega de gastar dinheiro com Copa e Olimpíada e mais investimento na saúde e educação.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

ATO MARCA EM MACEIÓ O DIA NACIONAL DE LUTA CONTRA O AUMENTO DAS PASSAGENS



Nesta quinta-feira (13/06) tivemos um importante ato contra o aumento das passagens de ônibus em Maceió. Cerca de 700 estudantes e trabalhadores foram às ruas do centro de Maceió para dizer que não tolerariam nenhum aumento e para lutar por um outro modelo de transporte urbano. Por um transporte verdadeiramente público, que seja gratuito e que garanta, com qualidade, a mobilidade urbana. Esse protesto foi parte do dia nacional de luta contra os aumentos nos transportes.

Parabenizamos a Anel-AL (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre), por ter realizado o chamado deste ato em Maceió, e a todas as entidades e lutadores(as) que o construíram. Fizemos um ato pacífico e muito vitorioso. Isso pôde ser sentido durante o seu trajeto, quando os manifestantes eram constantemente cumprimentados pela população em sinal de apoio. 

Seguindo o exemplo de outras cidades (São Paulo, Rio Grande do Sul, Natal, Rio de Janeiro, Goiânia, Curitiba, etc), o movimento em Maceió coloca-se não somente contra os preços abusivos, os aumentos extorsivos e a péssima qualidade dos serviços. Exige, sobretudo, o direito ao transporte público de qualidade, o que implica em uma outra perspectiva de mobilidade urbana. O transporte urbano não pode ser tratado como mercadoria a serviço dos lucros dos empresários. Afinal, sem transporte urbano, o povo não tem acesso a nenhum direito, como saúde, educação, lazer, etc.

É preciso que o movimento continue organizado e se fortaleça para barrar mais esse aumento. Em reunião com o Tribunal de Justiça, a Transpal e a SMTT acordaram em “adiar” a proposta de aumento 1º para julho. Evidentemente, essa prorrogação é mais uma tentativa de desmobilizar o movimento para impor o aumento na surdina. Por isso, não devemos ter nenhum ilusão, temos que continuar a luta.

Fazemos um chamado a todas as entidades que ainda não se incorporaram a esta luta em defesa de um transporte público de qualidade em Maceió. Acreditamos que a CUT e a CTB devem se fazer presentes nas próximas atividades para fortalecer a unidade dos trabalhadores e estudantes.

Contra o aumento das passagens! Nenhum centavo a mais!
Passe-Livre Já!


Solidariedade aos presos políticos de São Paulo e Rio de Janeiro. 
Lutar é direito! Lutar não é crime!

Os atos massivos em São Paulo e Rio de Janeiro estão sofrendo grande repressão policial. As manifestações têm sofrido com a provocação da PM, que segue as passeatas jogando gás pimenta e realizando prisões arbitrárias. Ativistas que estão se manifestando de forma pacifica são detidos, enquanto uma pequena minoria parte para o confronto com a PM. Até jornalistas que cobrem os atos estão sendo presos. 

Para os detidos estão sendo estipuladas fianças de R$ 3.000,00 a R$ 20.000,00. E mais, vários são enquadrados nos crimes como: Danos Patrimoniais, Cárcere Privado e Formação de Quadrilha! Esses crimes são inafiançáveis e os presos estão sendo removidos para os presídios. Trata-se de uma política fascista de criminalização da luta.

Temos que iniciar uma grande campanha de solidariedade e exigir a libertação imediata de todos os presos políticos e o fim da repressão às manifestações!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

SINTUNEAL debaterá com Centrais, dia 12/06, às 9h na Uneal Arapiraca.


 
A ORGANIZAÇÃO SINDICAL DOS TÉCNICO ADMINISTRATIVOS DA UNEAL

A fundação do SINTUNEAL, ocorrida recentemente, foi um avanço significativo na organização da categoria. No próximo dia 12 de junho os técnicos da universidade irão debater os rumos da luta com o fim da greve e discutir a filiação à uma dessas centrais sindicais: Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), CUT (Central Única dos Trabalhadores) ou CTB (Central dos Trabalhadores Brasileiros).

É de extrema importância o papel do sindicato para unificar todos os trabalhadores do setor contra os ataques do Governo Téo Vilela, que tendem a aumentar. Porém, viemos por meio desta nota fazer um chamado a todos os técnicos da UNEAL a participar da discussão, que ocorrerá no dia 12 de junho, no campus Arapiraca, que irá discutir a filiação à uma central sindical.

Achamos importante que a categoria conheça a Central Sindical e Popular - CSP-Conlutas, que, fundada em 2010 (a partir da experiência anterior da Conlutas agregando-se a outras entiddes), constitui uma alternativa importante da classe trabalhadora à luta contra os ataques de seus governos.


APÓS O FIM DA GREVE, A LUTA CONTINUA NA UNEAL!


Após o retorno dos técnico-administrativos da UNEAL as atividades, no último dia 15 de maio, os servidores continuam em luta. A decisão foi fruto de uma decisão aprovada em assembléia no dia 9, em Arapiraca, que decidiu pelo retorno ao trabalho. Durante quatro meses os campi da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) estiveram paralisados. Estes meses foram marcados por uma movimentação que colocou em questão a política do atual governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) para a educação. Política esta de descaso com as pautas das categorias dos docentes, técnicos e estudantes; que desde o ano de 2007 estão tramitadas, porém sem a resposta do governo, que se recusou a atender muitas reivindicações do movimento.
 
Os técnicos da universidade mantiveram a greve durante mais tempo que as demais categorias, como os professores e uma parcela dos estudantes. Isso ocorreu porque muitas demandas e pautas desse funcionários não foram cumpridas, como o reajuste salarial. Por conta disso, a CSP-Conlutas Alagoas reafirmamos a necessidade desses trabalhadores continuarem a lutar pelas reivindicações ainda não cumpridas. Além de denunciar a política do PSDB, na figura do Governo do Estado, para a educação, que vem no sentido de tornar mais precárias as condições de trabalho da categoria.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

NOTA PÚBLICA DE REPÚDIO À SITUAÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFAL




Divulgamos abaixo a Nota Pública do Fórum de Defesa do SUS e de diversas entidades e organizações acerca da situação do HUPAA/UFAL que representa mais uma tentativa de impor a implementação da privatização através da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).






NOTA PÚBLICA DE REPÚDIO À SITUAÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFAL

A partir dos relatos de estudantes, servidores e usuários do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) da UFAL sobre o agravamento das condições de trabalho e de assistência à saúde, nas últimas semanas, caracterizando uma situação de caos instalada neste Hospital, o Fórum de Defesa do SUS e as entidades representadas nesse documento vêm tornar pública esta situação e solicitar aos órgãos competentes as providências cabíveis no sentido de reestabelecer a rotina de serviços e de condições de trabalho e de ensino no HUPAA.

A situação é de extrema gravidade, pois afeta diretamente aos 94% da população alagoana que depende exclusivamente do SUS em nosso Estado, e encontra no HUPAA muitas vezes a única possibilidade de atendimento médico e diagnóstico. O HUPAA é referência estadual e municipal em urgência obstétrica, atenção ambulatorial especializada e internação em média e alta complexidade. Entre os serviços ofertados, destacam-se Cirurgia Bariátrica (única referência pelo SUS no Estado), Videolaparoscopia, Cirurgia Ginecológica, Centro de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) - responsável pelo atendimento de referência a pacientes com Câncer, Hospital Dia de Infectologia (SAE adulto e materno infantil), Nefrologia, Assistência Pré-Câncer do Colo Uterino, Neurocirurgia, Transplante de Córnea, Medicina Nuclear, entre outros.

A REDUÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE NO HUPAA/UFAL TEM PREJUDICADO AOS USUÁRIOS, TRABALHADORES E AO ENSINO:

Estudantes, técnicos e usuários vêm assistindo, nos últimos meses, uma frequente falta de materiais básicos e medicações, como: máscaras, luvas de procedimento, álcool, antitérmico, analgésico, anestésico, entre outros. Recentemente a falta desses materiais sofreu um agravo e tem levado o HU a reduzir os serviços oferecidos, fechando as portas para muitos usuários, com a suspensão de atendimento e internações em diversos setores, entre eles, Centro Cirúrgico, UTI, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica (também a Neurológica) e Pediatria, inclusive, levando a suspensão de triagens e do cadastro de novos pacientes oncológicos nos programas do CACON. As neurocirurgias também não estão sendo realizadas, enquanto a demanda pelas mesmas aumenta e alguns usuários morrem na fila de espera pelas cirurgias. Devido a essa carência, há casos em que os pacientes estão sendo orientados a comprar os seus medicamentos e realizar exames em outras instituições, por vezes na rede privada,para tentar continuar com o seu tratamento. Essa situação é inaceitável!

Os trabalhadores e os estudantes do HUPAA sofrem as consequências e as pressões desses problemas.

São os trabalhadores do HU que lidam diretamente com os usuários e precisam informar a suspensão dos tratamentos, cirurgias, internamentos e procedimentos. Convivem cotidianamente com o sofrimento e frustação dos usuários ao terem o seu direito ao tratamento negado.

O HU é de extrema importância para a formação dos estudantes de saúde, tanto de estudantes da UFAL quanto da UNCISAL, mas essa formação se encontra impossibilitada devido à falta de admissões no hospital. O que o estudante vai aprender em um hospital vazio?

Os argumentos falaciosos que relacionam este caos para justificar a implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) no HU não podem estar em jogo neste momento de crise. Primeiro, porque os funcionários terceirizados continuam trabalhando, não foram demitidos (resultado de acordo firmado entre o Ministério Público do Trabalho e a UFAL, homologado no dia 20 de novembro de 2012, pelo juiz da 10ª Vara do Trabalho de Maceió, Alonso Filho) e os profissionais do quadro concursados trabalham com escala de plantões extras (APH). Segundo, porque os recursos provenientes do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF-DECRETO Nº 7.082, DE 27 DE JANEIRO DE 2010) chegaram ao HUPAA, tanto que reformas foram realizadas e novos equipamentos foram adquiridos.

Então, por que, de repente, o HU está vivendo essa situação? A sociedade alagoana precisa saber!

O Fórum de Defesa do SUS e as entidades representadas nesse documento exigem que os direitos dos usuários do SUS sejam efetivados. Não somos coniventes com a redução dos serviços no HUPAA, deixando crianças, idosos, homens e mulheres condenados a morrer sem assistência à saúde.

Diante do exposto, o Fórum de Defesa do SUS e as entidades representadas nesse documento vêm solicitar aos órgãos competentes as providências cabíveis no sentido de reestabelecer a rotina de serviços e condições de trabalho e de ensino necessárias ao bom funcionamento deste hospital.

PELA REATIVAÇÃO DOS SERVIÇOS NO HU JÁ!

POR CONDIÇÕES DIGNAS DE TRABALHO E DE ENSINO!

O SUS é nosso ninguém tira da gente, direito garantido não se compra não se vende!



Fórum em defesa do SUS e contra a Privatização

Comando Unificado contra a EBSERH


Centro Acadêmico Sebastião da Hora (Medicina – UFAL)

Centro Acadêmico Rosa Luxemburgo (Serviço Social – UFAL)

Centro Acadêmico de Psicologia (UFAL)

Conselho Regional de Serviço Social / AL

CSP-Conlutas - AL

Espaço Socialista - AL

PCB - AL

PSTU – AL

Sindicato dos Trabalhadores da UFAL (SINTUFAL)